Muitos cantores sentem-se confusos em relação à respiração. Não é surpreendente, já que existem muitos mitos e mal-entendidos à volta desta temática.
Para onde vai o abdómen? Para fora, para dentro ou mantém-se? O tórax movimenta-se ou fica imóvel? Devo inspirar pela boca ou pelo nariz?
Eu aconselho sempre os meus clientes a experimentarem várias abordagens e a escolherem a que melhor funciona para si quando cantam.
Mas hoje quero falar-te do erro que mais me apercebo que acontece ao cantor quanto ao tema da respiração. Preocupa-se especialmente com a inspiração.
Exemplos:
Como inspirar mais ar, como controlar a elevação dos ombros, como libertar espaço no abdómen para facilitar a descida do diafragma.
Estas informações são importantes, mas é na expiração que eu vejo a maioria do problema nos cantores que acompanho.
Assim, se és cantor, deixo-te um conselho: foca-te também na expiração e na forma como controlas a saída do ar do teu corpo.
Na minha metodologia uso 5 passos para explorar a expiração, e vou partilhar contigo 3 desses passos:
– A fase inicial da expiração é controlada pelos músculos inspiratórios. Para isso, é muito importante manteres a coluna direita e o peito aberto, mas de forma flexível.
– À medida que o ar sai, existem movimentos discretos de retorno do abdómen, sem contrair.
– A descida do tórax e das costelas acontece numa segunda fase da expiração de forma controlada e suave.
No programa de otimização vocal praticamos de forma mais intensa e aprofundada todos os movimentos físicos inerentes ao controlo da saída do ar para que desenvolvas a capacidade de estar confortável com frases maiores.
Mas para já, coloca em prática os 3 passos que descrevi e conta-me nos comentários qual destas 3 dicas foi mais útil.
Um abraço,
PS: Partilha este artigo com algum colega ou amigo que adoraria saber dicas eficazes para melhorar o controlo da saída do ar no canto.